A recente vitória, na eliminatória, sobre o Manchester City não abriu somente as portas dos quartos de final da Liga Europa. Colocou sobre a mesa a possibilidade de uma mudança de paradigma no esquema táctico do Sporting. Com Domingos havia um modelo, 4-3-3, e nada se projectou de diferente. Sá Pinto na fase inicial manteve o esquema, mas nos últimos jogos mostrou que está receptivo à mudança. Sabe-se que estes modelos de jogo necessitam de treino, muito treino, - que Sá Pinto não dispõem devido ao número de jogos seguidos num curto espaço de tempo - e que por norma são estipulados na pré-época (alô, Domingos?) mas neste preciso momento afigura-se uma mudança táctica. Este é o momento ideal para o fazer.
Eu sei, eu sei, "o losango do Paulo Bento?" perguntam os mais temerários. Sim, o losango de Paulo Bento, onde está o mal? Tivéssemos nós, na era Paulo Bento, a qualidade de jogadores que Domingos dispôs este ano e possivelmente teríamos vencido pelo menos 1 campeonato com o risco-ao-meio. Adiante.
O jogo de hoje, com o Gil Vicente em Barcelos, será um jogo de dificuldades acrescidas por duas razões.
1) O Gil Vicente é uma equipa de enorme carácter e com alguma qualidade. Atenção ao Hugo Vieira, é um bom avançado;
2) O campo é pequeno, para os normais parâmetros a que o Sporting está habituado a jogar.
É este 2ª ponto que me leva a acreditar que o losango estará de volta ao Sporting. Jogar com extremos seria claramente contraproducente, uma vez que não se consegue «esticar» o jogo, precisamente devido às dimensões do terreno. A luta, e não duvidem que será uma luta, irá passar-se no meio-campo. É aqui que deveremos ter 4 elementos (Carriço, Elias, Schaars e Ismailov) e com dois avançados móveis na frente (Wolfswinkel e Matías/Capel/Jeffrén). Mais do que nos nomes, que estão condicionados também à condição física de alguns, centre-se a atenção no esquema táctico.
Jogar com 4 médios ajudaria na batalha (reforço esta ideia...) do meio-campo, e com o critério de passe/desmarcação que Sá Pinto implantou, estes 4 elementos seriam fundamentais para os desequilíbrios na defesa do Gil Vicente.
E vocês, o que acham?
PS: projectando as coisas, para um futuro próximo, não terá um Sporting um elevado número de médios com qualidade mais do que suficiente para este modelo de jogo? É que extremos mesmo, só temos Capel e Carrillo, sim Jeffrén e Ismailov podem jogar a extremo, mas são adaptações. Link
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