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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Bento era contra os naturalizados mas vai tudo girar à volta de um luso-brasileiro

Paulo Bento nunca foi a favor de jogadores naturalizados na selecção. Nem mesmo quando estava em causa a chamada de um dos elementos mais próximos nos últimos anos mudou de opinião. "A decisão é do Liedson e da FPF. Espero é que alguns que eram contra não estejam agora a colocar-se a favor por estarmos num momento de dificuldade. A minha opinião não vai mudar", salientou há quase dois anos, após uma vitória do Sporting frente ao Shakhtar, na Liga dos Campeões. O cenário é hoje diferente? Nada. E quem convive mais de perto com o treinador ressalva que essa continua a ser a convicção de Bento - em termos práticos, Evaldo, que até já poderia ser convocado, nunca seria opção... - mas destaca uma nuance: os que já estão naturalizados e representaram a selecção são iguais a todos os outros. De tal forma que o primeiro onze da nova era dependerá do posicionamento de um jogador que nasceu no Brasil: Képler Laveran Lima Ferreira. Ou, para simplificar, Pepe.

Na conferência de imprensa em que anunciou os 23 convocados para a dupla operação Dinamarca-Islândia, Paulo Bento não se furtou à pergunta directa sobre a melhor posição para o defesa do Real Madrid. "O Pepe é um central de origem mas no Marítimo chegou a alinhar algumas vezes como médio, assim como na selecção, agora mais recentemente. Parece-me que pode sentir-se mais cómodo como defesa-central mas isso não significa que não possa actuar em determinados momentos como médio, tendo em conta os interesses da selecção", referiu. As dúvidas que já existiam adensaram- -se, cresceu um novo tabu - onde colocar Pepe na recepção à Dinamarca? No eixo central, mantendo dupla com o companheiro de equipa e subcapitão Ricardo Carvalho, ou como médio-defensivo, para abrir vaga ao indiscutível (até agora) Bruno Alves? Os próximos três dias dirão.

VERSÃO CENTRAL Bento é adepto da solidez defensiva - para o técnico, uma equipa constrói-se de trás para a frente e não sofrer golos é meio caminho andado para a vitória. Nesse sentido, e como é impossível criar rotinas na selecção (pelo escasso tempo de trabalho), manter Pepe e Ricardo Carvalho é uma ideia com tanto de possível como de lógico. Mais: assim o luso-brasileiro estará na posição onde melhor se sente e mais rendimento tem.

VERSÃO MÉDIO A valia de Bruno Alves, a lesão de Veloso (que está em dúvida) e o bom jogo aéreo dos dinamarqueses são pontos que podem empurrar Pepe para o meio-campo - assim há equilíbrio de alturas e os laterais ficam mais soltos para subir no terreno. Bento tem a palavra.

Fonte: Jornal i

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